domingo, 21 de março de 2010

Treinamento de força, musculação, em crianças e adolescentes

A maioria das crianças podem se beneficiar com os programas de treinamento de força, no que diz respeito à melhora do condicionamento físico e desempenho nos esportes ou para reduzir a probabilidade de lesões em atividades esportivas ou recreativas (FLECK & KRAEMER, 1997).
Um programa de exercícios eficiente e seguro é necessário para tratar doenças crônicas (ex. obesidade) na infância (SOTHERN et al, 2000). O treinamento de força tem sido adotado como forma segura e eficaz nos programas para redução peso em crianças e adolescentes (SCHWIGSHANDL et al, 1999). Em um estudo realizado na Universidade de Louisiana, os pesquisadores utilizaram a musculação num programa para redução de peso corporal em crianças. Houve mudanças significativas na composição corporal (redução de peso e % de gordura) e nenhuma lesão foi reportada nessa pesquisa (SOTHERN et al, 1999).
O desenvolvimento ósseo das crianças também é afetado positivamente em função do treinamento com pesos. Quantidades aumentadas de fibras colágenas e sais inorganicos são depositados nos ossos como resposta a tensão muscular, coeficiente de tensão e compressão. Essa melhora da densidade óssea pode ser importantíssima na prevenção da osterporose, já que um aumento na ordem de apenas 5% da densidade mineral óssea pode diminuir os riscos de fraturas em idades avançadas em até 25%.

Resumidamente, os principais benefícios são:

  • Aumento da força e resistência muscular (Ozmum et al, 1994; Ramsay et al., 1990; Brown et al., 1992; DeRenne, 1996; Faigenbaum, 1993, 1996, 2003 e 2005).

  • Melhora do desempenho esportivo.

  • Prevenção de lesões nos esportes e também em atividades recreativas (Smtih et al., 1993).

  • Reabilitação de lesões.

  • Melhora da composição corporal, com diminuição da gordura corporal, podendo dessa forma previnir e tratar a obesidade infantil (Sothern et al., 2000).

  • Aumento da densidade mineral óssea (Morris et al., 1997).

  • Aumento da capacidade cardiorespiratória (Weltman et al., 1986).

  • Diminuição de lipídios sanguíneos (Weltman et al., 1987).

  • Melhoria do bem estar psico-social (Holloway et al., 1988).

Crescimento e maturação

Um crescimento ideal e a maturação sexual dependem do potencial genético, estado nutricional e uma série de hormonios (ROEMMICH et al.,2001). Os hormônios responsáveis pela maturação e crescimento esquelético são:


  • LH

  • FSH

  • Somatotrofina (GH)

  • Estrogênio

  • Testosterona

  • IGF-1

  • Cortisol

  • Estradiol

  • Androdtenediona

  • Dehidroepiandrosterona (DHEA)

A prática de musculação não favorece alterações na produção de nenhum hormônio responsável pelo crescimento longitudinal e maturação esquelética em crianças e adolescentes.


"Os estímulos e as respostas geradas pelo exercício físico não são suficientes para alterar de forma significativa os processos geneticamente programados de crescimento e maturação... A atividade física regular funciona de maneira a melhorar a densidade óssea, e o crescimento ósseo em largura, MAS NÃO EM COMPRIMENTO" (MALINA, 1991)

Diversos estudos corroboram com o fato de que o treinamento físico por si só não afeta o ritmo de crscimento, a maturação e muito menos a esatura final de um indivíduo. Porém treinamentos com intensidade e volume alto, e principalmente a inadequações hormonais que podem comprometer o ritmo do crescimento. É muito improvável (para não dizer impossível) que algum educador físico consiga aplicar intensidade e volume exagerado em alguma criança ou adolescente dentro da sala de musculação. Provavelmente a maioria dos esportes tais como, judô, basquete, futebol e pricinpalmente ginástica artistica implicam em cargas de trabalho total muito maior do que as impostas durante uma sessão de musculação.
Dessa forma como poderia ser possível um treinamento de musculação prejudicar o crescimento? Certamente algum pseudo-especialista poderia muito bem responder que a musculação poderia provocar algum tipo de lesão nas placas de crescimento e essas sim atrapalhariam o crescimento. Primeiramente tem que ser lesionado e não o corpo de uma forma global. Numa revisão de 145 artigos publicada pela NSCA em 1996, temos a seguinte citação:

"Não foi reportado NENHUM tipo de fratura nas placas epifisárias em estudos com exercícios resistidos que treinamento apropriado e orientação competente" (Youth Resistance Training: Position Statement and Literature Review; NSCA, 1996).

Faigenbaum em 2003 também concluiui que nenhum tipo de lesão foi reportado em estudos supervisionados de forma competente, ou seja, estudos bem delineados, conduzidos por instrutores qualificados e planejados de forma específica para a idade. Se também levarmos pelo lado que a infância é o periodo m que a modelação óssea melhor responde a cargas mecânicas (Bass, 2000), se torna mais incosistente a idéia que o exercício físico e principalmente o exercício resistido pode ser lesivo para o esqueleto imaturo. Seguramente atividades recreacionais ou esportes de contato têm muito mais chances de serem lesivos para qualquer indivíduo do que uma simples musculação onde, além do professor conseguir controlar todas as variáveis, os gestos motores utilizados são infinitamente mais simples do que os utilizados em qualquer esporte.

(FISCHER, Bruno, 2009. www.gease.pro.br/artigo_visualizar.ph?id=206 . Acessado em: 21 de março, 2010.)





sexta-feira, 19 de março de 2010

Dicas de nutrição para perder peso

Muitos pensam que correr mais e comer menos é garantia de perda de peso. Mas essa fórmula pode ser bem perigosa e nem sempre dá resultado: "Não devemos fazer mágica, como começar a correr e restringir demais a alimentação. Isso pode levar a mal-estar e hipoglicemia (falta de açúcar na corrente sanguínea) durante o exercício. Com esta febre de cortar carboidratos ficam ainda mais comuns as ocorrências de mal-estares desse tipo. É preciso fracionar a alimentação, comer a cada 3 horas, mas moderadamente," explica o professor titular de nutrição da Escola de Educação Física e Esporte de São Paulo, Antonio Hebert Lancha Jr.
Treinar rigorosamente e manter uma alimentação balanceada durante a semana não serão atitudes suficiente se, nos fins de semana, a pessoa ignorar todo o trabalho dos 5 dias anteriores. Lancha recomenda autocontrole e dia que saber escolher é o caminho para não exagerar no sábado e domingo. "É preciso ser mais comedido nos fins de semana porque, se deixar, a pessoas começão exagerando no café da manhã e assim vão até o jantar, perdendo todo o esforço da semana. Pode-se escolher uma refeiçãopor dia do sábado ou do domingo para comer sem se preocupar. Nessa fase a pessoa precisa aprender a fazer escolhas, do tipo: vou tomar vinho ou comer a sobremesa? Vou atacar o pão de queijo do couvert ou pedir algo mais calórico?". [...]

("Dicas de nutrição para perder peso". Disponível em: o2porminuto.uol.com.br. Acesso em 20 de março, 2010.)