Fonte: Isto É - Independente
Pesquisas comprovam que o uso diário desses modelos leva a alterações musculares e nos tendões
Ok. É inegável que um Christian Louboutin, um Jimmy Choo ou qualquer outro modelo desenhado por alguns dos festejados estilistas de sapatos da atualidade são itens que ajudam a compor um visual moderno e elegante. O problema é que, de acordo com os últimos estudos realizados pela ciência, a mulher que usa rotineiramente calçados de salto alto – como os da maioria das coleções mais desejadas – pode pagar um preço alto demais.
A última pesquisa a confirmar isso foi divulgada na semana passada. Publicado no “Journal of Experimental Biology” e conduzido por Marco Narici, da Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, e Robert Csapo, da Universidade de Viena, na Áustria, o trabalho mostrou que a utilização por período prolongado de salto alto provoca modificações em músculos e tendões. Após analisarem as estruturas ósseas e musculares de 11 mulheres que relataram usar salto de pelo menos cinco centímetros durante dois anos ou mais, cinco dias da semana, os pesquisadores verificaram um encurtamento das fibras dos músculos da panturrilha. “Elas eram 13% menores do que as das mulheres que não usam esse tipo de sapato”, afirmou à ISTOÉ Narici. Além disso, eles observaram que os chamados tendões de Aquiles, que conectam o osso do calcanhar ao músculo da panturrilha, estavam maiores do que o normal.
Essas modificações são resultado da sobrecarga a que a região é submetida por causa do uso constante de salto alto. Antes, outros estudos – e a experiência clínica – haviam apontado consequências do hábito. Entre elas, deformidades nos dedos dos pés (ganham a forma de garras) e nos joelhos, cujo desgaste acaba causando dor. Não é a toa, por exemplo, que uma pesquisa realizada no Instituto para a Pesquisa do Envelhecimento, nos Estados Unidos, constatou que 64% das mulheres que se queixavam de dor nos pés eram usuárias de modelos de salto alto.
Para a medicina, saltos com mais de cinco centímetros já são ameaça às estruturas de pernas e pés se usados na maior parte do dia, vários dias por semana. Os especialistas, porém, não pretendem fazer com que as mulheres desistam desses modelos – até porque certamente seria uma tarefa fadada ao fracasso. Por isso, preferem orientar. “Elas ficam bonitas e sentem-se bem calçando esses saltos”, afirmou Narici. “Mas podem tomar algumas precauções, como fazer alongamentos na região no final do dia”, aconselhou o pesquisador inglês. Também é possível ter cuidado na hora da escolha do modelo. “Saltos largos são mais indicados”, diz Antonio Egydio de Carvalho Jr., do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Ok. É inegável que um Christian Louboutin, um Jimmy Choo ou qualquer outro modelo desenhado por alguns dos festejados estilistas de sapatos da atualidade são itens que ajudam a compor um visual moderno e elegante. O problema é que, de acordo com os últimos estudos realizados pela ciência, a mulher que usa rotineiramente calçados de salto alto – como os da maioria das coleções mais desejadas – pode pagar um preço alto demais.
A última pesquisa a confirmar isso foi divulgada na semana passada. Publicado no “Journal of Experimental Biology” e conduzido por Marco Narici, da Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, e Robert Csapo, da Universidade de Viena, na Áustria, o trabalho mostrou que a utilização por período prolongado de salto alto provoca modificações em músculos e tendões. Após analisarem as estruturas ósseas e musculares de 11 mulheres que relataram usar salto de pelo menos cinco centímetros durante dois anos ou mais, cinco dias da semana, os pesquisadores verificaram um encurtamento das fibras dos músculos da panturrilha. “Elas eram 13% menores do que as das mulheres que não usam esse tipo de sapato”, afirmou à ISTOÉ Narici. Além disso, eles observaram que os chamados tendões de Aquiles, que conectam o osso do calcanhar ao músculo da panturrilha, estavam maiores do que o normal.
Essas modificações são resultado da sobrecarga a que a região é submetida por causa do uso constante de salto alto. Antes, outros estudos – e a experiência clínica – haviam apontado consequências do hábito. Entre elas, deformidades nos dedos dos pés (ganham a forma de garras) e nos joelhos, cujo desgaste acaba causando dor. Não é a toa, por exemplo, que uma pesquisa realizada no Instituto para a Pesquisa do Envelhecimento, nos Estados Unidos, constatou que 64% das mulheres que se queixavam de dor nos pés eram usuárias de modelos de salto alto.
Para a medicina, saltos com mais de cinco centímetros já são ameaça às estruturas de pernas e pés se usados na maior parte do dia, vários dias por semana. Os especialistas, porém, não pretendem fazer com que as mulheres desistam desses modelos – até porque certamente seria uma tarefa fadada ao fracasso. Por isso, preferem orientar. “Elas ficam bonitas e sentem-se bem calçando esses saltos”, afirmou Narici. “Mas podem tomar algumas precauções, como fazer alongamentos na região no final do dia”, aconselhou o pesquisador inglês. Também é possível ter cuidado na hora da escolha do modelo. “Saltos largos são mais indicados”, diz Antonio Egydio de Carvalho Jr., do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
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